quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

IV VISÃO - 2003 - Nazareno Lima





    05 de Setembro de 2003
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Grande tristeza me chegou agora
Pois, a melhora foi pura ilusão ...
A euforia do meu coração,
Foi utopia e já não mais vigora !

Tanta fumaça da floresta à fora ...
Fosse mentira pois, será traição ?
Ou talvez, quem sabe? Foi desatenção
Dos companheiros por multi-labora !

Tal a paisagem dos anos 80,
A minha classe deve estar atenta:
Eu só espero que ela então não finjas ...

Devo voltar aos meus antigos brados:
O genocídio dos anos passados
Ressuscitou de suas próprias cinzas !!!
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     Os Anos Passados  -  25/11/2003
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Que me desculpem os anos passados
Que me ajudaram tanto a aprender...
Obrigando-me pois, a entender ...
As clarividências dos desesperados!

Que me desculpem os anos passados
Pela triste literatura do maldizer:
Quando só a injustiça vinha atender
A necessidade de nós, explorados!

Que me desculpem os anos passados
Por serem tanto bem interpretados
Por todas as bocas que mentiram ...

Mesmo ofuscado pelas minhas dores ...
Não consegui observar as flores
Que estes anos todos produziram !
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         Oblação à 2003  -  31/12/2003
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2003, velho companheiro ...
Aventureiro, que me trouxe fé.
Fostes até, o bom pioneiro
Do paradeiro que me deu Axé !

O Carpinteiro Jesus de Nazareth,
E seu oboé de brado tão ordeiro ...
De som obreiro talvez mais que Sumé,
Te mandou dar ré no tempo trapaceiro!

Talvez mais agressivos que é Ogum,
Foram estes anos, desde 91 ...
Pondo fim nas minhas pobres energias ...

E tu, mais santo que João Paulo II,
Vieste me alegrar neste sub-mundo,
Quando restava-me as últimas agonias!
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SAUDAÇÃO A 2004 - 29/01/2004

2004, fizeste bem em vir ...
Que sejas justo, produtivo e santo !
Que me permitas todo este encanto
Que é a minha mente poder produzir !

Até agora, tal quanto um faquir,
Vivi à experimentar, portanto
A triste vida dos que sofrem tanto
Transformando-a nesta arte aqui !

Mas, a tristeza me atacou de novo
Pois, se não fosse este triste povo ...
Talvez quem sabe? Eu fizesse nada !...

Será possível que um pensador,
Tem que viver à perseguir a dor
Para viver da profissão alada ?
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